Fazemo-lo porque é muito mais fácil deixarmo-nos ir na vida que nos «calhou», do que pensar no que realmente queremos para nós, procastinando mais ou menos indefinidamente tomadas de decisão... Na verdade, é impossível mudar tudo de uma vez e mesmo até não ter momentos de deixar andar! Sobretudo porque a vida a que muitos de nós nos obrigamos a ter não é fácil. Falo por mim, mas também pela minha amiga Ziula aqui do lado, para dar exemplo concreto! A vigilância tem de ser, se não constante, pelo menos periódica.
Com a minha idade, conheço bem quais os pilares de um vida boa: comer pouco, diversas vezes e bem, fazer regularmente exercício, dormir o número de horas necessárias, a começar bem antes da meia-noite. Estes são três aspetos fundamentais para que o nosso corpo, tantas vezes secundarizado, nos permita fazer o que queremos. O que implica também idas regulares ao médico, um ciclo de massagens uma vez ao ano (ainda que sejam auto-massagens, sim), um bom corte de cabelo (há mais de um ano que não o faço...) e as rotinas de cuidar de nós: um creme hidratante para o corpo e outro para a cara, um batom, um lápis e uma máscara, um perfume!
Depois há a questão do nosso guarda-roupa. Independentemente do estilo de cada um de nós e da necessidade de um consumo consciente, de que eu não abdico, quando temos muito trabalho e uma vida familiar complicada, é tão mais fácil vestir sempre o mesmo uniforme, sem qualquer graça, nem nenhum cuidado especial. Afinal, a elegância é uma atitude física e psicológica e quem prescinde de tempo para investir em si próprio...
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acaba por se transformar ou num sapo, ao contrário da história... |
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ou... numa esfregona! Sim numa esfregona mesmo! Dói, não dói? |
Pois foi assim mesmo que eu me encontrei comigo própria em junho, quando o meu filho começou a melhorar. Fiquei de tal modo assombrada com a minha imagem no espelho, que logo a desviei para o destralhe da casa que estava evidentemente mais ou menos como eu: organizada à primeira vista, mas na realidade pouco cuidada.
Por tudo isto, o destralhe da casa continua, agora a um ritmo mais lento, mas com persistência, e o meu trabalho profissional abrandou para uma cadência mais humana: um dia de cada vez!
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