quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dia 123: Ouvir os mais sábios: Yasuteru Yamada

Depois do desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em 2011 no Japão, cerca de 200 idosos reformados, todos especializados em diferentes áreas, propuseram expor-se a altos níveis de radiação para que os mais novos não tivessem de o fazer. Ao ofereceram-se para se sacrificar em lugar dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos, deram-nos uma extraordinária lição de generosidade e de vida.

Mr. Yamada, Japan 2011

De entre eles, o senhor Yamada, engenheiro reformado, afirmou então: Tenho 72 anos e uma esperança de vida de 12 a 15 anos. Mesmo que seja exposto à radiação, demoraria 20, 30 anos ou mais a desenvolver um cancro. O que significa que nós, os mais velhos, temos menos hipóteses de contrair cancro.

A imagem do Yasuteru Yamada, de 72 anos, foi uma das mais vistas em 2011, segundo o repositório Imgur, mais de um milhão de vezes!
Esta tomada de posição é considerada natural por este grupo, num país em que, segundo afirmam, a maioria dos japoneses partilha este sentimento e quer ajudar da forma que puder.

«Uma sociedade torna-se melhor quando os mais velhos plantam árvores à sombra das quais jamais se poderão sentar.»

(provérbio chinês)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Dia 113: Bem-vindo, 2013!

Olá, Ano Novo de 2013!

Obrigada por teres chegado, novinho em folha, de modo a que todos nós te possamos viver inteiramente!

Desejo a todos que todos os nossos bons projetos, tanto pessoais como profissionais, se cumpram, no que têm de melhor! E que lhes dediquemos o devido tempo, que os saibamos definir e programar e depois ajustar a par e passo,de modo a os vivermos bem.

No que respeita aos projetos profissionais, a minha meta é um post por semana no meu blogue profissional, o acompanhamento sistemático do Facebook, a partilha da principal evento que me cabe organizar no primeiro semestre do ano e a elaboração de um guia de atividades de promoção da cidadania para Bibliotecas Públicas no segundo semestre.

No que se refere a projetos pessoais, não me é possível saber se poderei levar a cabo tudo o que eu gostaria mesmo de fazer, dado que, em primeiro e em último lugar, lugar está o meu filho, um jovem adulto que está doente o que por isso pode afetar toda e qualquer planificação.

Mas depois dele, segue-se a manutenção e a reorganização da casa: para além da finalização do processo de destralhamento que tenho vindo a levar a cabo, tenho de fazer obras de manutenção que incluem pintá-la de alto a baixo.
  1. Dei início à segunda ronda de destralhamento de livros (de um total inicial de cerca de 3000) que passam depois pela uma triagem dos meus amigos e são então oferecidos a um jovem arfarrabista, cujo trabalho muito aprecio e que, por sua vez, me arranja depois os livros de que por vezes necessito.
  2. Reorganizei os armários e gavetas da cozinha, os das casas de banho e, parcialmente, o do quarto do meu filho.
  3. Ofereci o meu um radiador a gás que apenas usava na noite de Natal e vou também oferecer as duas cadeirinhas chinesas de braços, raramente usadas, o que me vai aumentar o espaço livre da sala. Se necessitar de mais assentos para algum jantar de amigos (motivo pelo qual comprei as ditas cadeirinhas), tenho um pequeno sofá art deco português no meu quarto e ainda uma pilha de almofadas grandes, cor de laranja e vermelho escuras, nas quais eu própria gosto de muito de me sentar.
 
 
Pilha de almofadas (Ikea).
Em relação ao consumo, estou cada vez mais exigente quanto ao que necessito: alimentação, saúde e higiene, o yoga e muito pouco mais. No que respeita ao vestuário, não sei ainda se irei ou não entrar no fim dos «Saldos de inverno» para comprar os poucos itens que em outubro tinha pensado comprar, já que na verdade não me são necessários. Tudo depende de eu sentir que vale a pena o esforço de os procurar e de conseguir uma boa relação qualidade preço.

No que se refere ao quotidiano, o investimento neste meu Ano sem compras, como se todas as peças do puzle da minha vida se encaixassem, é-me cada dia mais gratificante:
  1. Cozinho uma comida cada vez mais natural e tendencialmente vegetariana, embora comprada no supermercado,
  2. e levo sempre o meu almoço e o meu lanche para o trabalho.
  3. Organizei toda a minha roupa, sapatos e carteiras que guardo no meu armário de cinco portas, e estou a organizar um pequeno ármário com espelho, que me ofereceram e está no hall da zona dos quartos, para oficina de arranjos e customização de roupa.
  4. Embora tenha sempre costurado tudo à mão, ando a considerar seriamente comprar uma máquina usada, acima de tudo pelo prazer que me dá reciclar roupa e reaproveitar tecidos.
Por último, mas não em último, tenciono dedicar cada dia mais tempo às questões que se prendem com a cidania e a sustentabilidade e com a luta por uma vida cada dia mais próxima da natureza e do equilíbrio sistémico que a economia neoliberal dos países ricos tem vindo sistematicamente a destruir. Este é pois um tema e uma atitude perante a vida que tenciono desenvolver em todas as suas facetas.

Feliz 2013!