quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Fiz 60 anos!

Ontem foi um dia muito importante para mim: fiz 60 anos! Recebi muitos abraços, flores, telefonemas, prendas do coração, dezenas de mensagens na... minha página de Facebook profissional Senti-me muito acarinhada por muitas pessoas de quem sinceramente nada esperava.

Gosto da idade que tenho, do saber acumulado que fui adquirindo e da segurança que tantos anos de vida me ensinaram. Sei também que não deixarei nunca de ser uma grande entusiasta por projetos que considero vitais, o que significa, cheios de VIDA! De potencialidades de permitir viver uma vida boa, mais completa e significativa.


De entre esses projetos, estão evidentemente as Bibliotecas Públicas, a minha grande referência e vocação profissionais. Mas há outros que gostaria muito de desenvolver, como a versão portuguesa do projeto brasileiro Roupa Livre. Ou viver os anos que tenho para viver em sistema de co-housing(*).

A minha intenção de aderir progressivamente a um tipo de vida minimalista, que inclua o respeito pela natureza e por todos os seres, que seja criativo e enriquecedor, saudável e tanto quanto possível sustentável e não poluente, é agora inequívoca.

Apesar dos pesares, sinto-me muito bem comigo e com a vida!



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(*) Uma forma de gestão comum de uma propriedade que garante a vida privada de todos as gerações que nela residem em habitações autónomas, beneficiando simultaneamente de espaços comuns (lavandaria, cozinha, sala de refeições, espaços para eventos, atividades diversas, co-working...) e de projetos coletivos. 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Minimalismo orientado

Há dois anos, escrevi aqui sobre a necessidade que sentia de aprofundar um modo de vida minimalista. Procurava então um equilíbrio entre a adesão sincera a uma vida frugal e a exigência de uma vida melhor, atitudes essas que me parecem agora cada vez mais interligadas, não podendo, para mim, existir uma sem a outra.

O respeito para com todos os seres vivos e a natureza, a sustentabilidade e o consumo consciente, o desenvolvimento pessoal ao longo da vida, 
em paralelo com a participação ativa na comunidade em que me insiro, são agora valores inquestionáveis. Uma vida materialmente frugal e interiormente rica, expressa num quotidiano de serenidade, sabedoria, alegria, harmonia e graça.

Estas são assim as linhas pelas quais conscientemente me guio, muito embora o meu quotidiano esteja longe ainda de as integrar. Como a Estrela Polar no hemisfério norte, indicam-me a direção certa e se estou ou não a enganar-me no caminho a seguir. 





Comecei entretanto a compor uma rotina noturna. Em cada fim de dia, antes de adormecer, procuro ver por onde andei, o que fiz bem e o que fiz mal, e se o balanço entre os dois é positivo (e muitas vezes não é...). Depois faço a minha ladainha de gratidão: nomeio uma a uma todas as dádivas que a vida me ofereceu ao longo do dia. Por último, procuro visualizar os meus desejos concretos de felicidade para os que amo e para mim própria. Termino como comecei: confiando na Estrela Polar!