sábado, 5 de outubro de 2013

Casa minimalista

Tenho pensado muito, muuuuuuuuito mesmo, na forma como vou reorganizar a minha casa. Sei que pretendo um espaço expurgado do que não é essencial, nem necessário, nem bonito, claro!  

É aqui, penso, que começa o problema: um espaço minimalista tem de ser despojado. A Lud no seu blogue Minimalizo falava no conforto da despoluição visual e eu não posso estar mais de acordo. A minha amiga Blanki vive numa casa cada vez mais minimalista e organizada, mas reservou as paredes para todos os quadros e objetos que ama. Já a Thalita da Casa de colorir é talvez o exemplo oposto e o último post é, neste sentido, dos mais do exemplares. Contudo, com aquele o sorriso dela, como não nos comovermos com os 10 mandamentos da decoração com emoção (que ainda são só 9!) para uma casa feliz?

1º. ter um cantinho mais nosso, em permanente decoração,
2º. decorar na fé (montar um cantinho dos nossos santos),
3º. reaproveitar,
4º. domar a nossa baguncinha (ou assumindo-a esteticamente),
5º. deixar o sol entrar,
6º. assumir uma geladeira com personalidade,
7º. integrar o humor na decoração,
8º. ser branco com intenção (se é para ser branco),
9º. abrigar uma coleção, exibindo-a explicitamente.

A casa da Thalita tem, quanto a mim, muito das casas da América índia e também das da Índia dos indianos e até das do Norte de África, por exemplo. Muita cor, muitos objetos, muita vibração, muita alegria. Tanto de tudo isto, que o único mandamento que ela não cumpre é o 7º: assumir o branco!


Quanto aos mandamentos em si mesmos, penso que, de um ponto de vista minimalista, o 3º. e o 7º. são  indiscutíveis, o 8º. é até muito minimalista e o 5º. só poderá fazer-nos é bem! Também o 1º. e o 2º., os dos cantinhos, seja o nosso, seja o da fé, não me parecem uma grande heresia. Os que sobram: o 4º., o 6º. e o 9º. concedo que ultrapassem os limites e estão, quanto muito, na fronteira. Talvez numa espécie de terra de ninguém, dependendo de como se equilibrem no contexto da casa.


Assim sendo, a organização da minha casa vai ter em conta a maior conquista possível de espaço, sim, bem como a funcionalidade tanto do espaço, como dos objetos. Quanto ao resto, integro tudo, menos a coleção e a dita baguncinha. O meu frigorífico há muito que tem personalidade, gosto de usar os objetos com humor e até os cantinhos de santos eu já tinha!

Seja como for, a casa é sempre um work in progress: não apenas na definição do espaço, como na procura de uma organização otimizada, e ainda, claro, na melhor forma de (a) viver!




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