Na última semana de Agosto, quando me predispunha a organizar a minha nova casa, o meu filho, que entretanto voltou a adoecer, lembrou-me as férias de verão: tanta luz e tanto mar à nossa espera, a necessidade vital de apanhar sol, de caminharmos descalços na areia, de mergulhar nas ondas...
O meu filho tentou recarregar energias e eu com ele. Escapei para a praia e para o universo da literatura policial norte americana dos anos 30 a 50, a literatura disponível na casa.
Li uma dezena de títulos da colecção «Vampiro», uns atrás dos outros, de manhã à noite, todos com o detective típico da época: um homem alfa, inteligente e culto, que quase não dorme, que fuma e bebe bourbons de dia e de noite, e por quem as mulheres se apaixonam ou por quem têm um irreprimível crush. Resolve todos os casos, tem um coração justo, gosta de todas as mulheres e opta sempre pela solidão. Humphrey Bogart e Frank Sinatra, claro:
H. B. |
F. S.: I h' ve got a crush on you |
O meu modus vivendi vai ter de se regular pela calma e pela tranquilidade e não posso de maneira nenhuma voltar a entrar em modo acelerado. Tenho de estar muito disponível para o meu filho, para mim própria e para os outros que dependem de mim. Afinal, as férias já acabaram há muito e espera-me outro ano inteiro de trabalho reforçado: amanhã mesmo reiniciamos (em 1919, foi uma das conquistas da 1ª. República...) a jornada laboral de 40 horas semanais.
Em Portugal há um ditado popular muito conhecido que afirma:
O homem (pro)põe
e Deus dispõe!
Contudo, há uns anos, aprendi na Beira Alta uma variante mais muito mais sábia que reza assim:
O homem (pro)põe
Deus dispõe
a mulher compõe.
Será que consigo?
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