Nós, os do mundo ocidental, cumprimentamo-nos usualmente uns aos outros com um aperto de mão e uma ligeira vénia.
Esta forma de cumprimento remete para um tempo em que necessitávamos de mostrarmos ao outro que vínhamos de boa vontade, que não trazíamos uma arma escondida e por isso, em geral, estendemos a mão direita, a que usava uma arma.
Quando se trata de amigos, abraçamo-nos ou beijamo-los uma, duas ou três vezes na face.
Em qualquer dos casos, oferecemo-nos mutuamente o peito, mostramos as mãos livres e tocamo-nos fisicamente. Desprotegemos deste modo o nosso coração.
Mais sábios do que nós, os orientais cumprimentam-se sem se tocarem. Fazem uma vénia, talvez mais pronunciada do que que a nossa, e muitas vezes mostram também as mãos livres de qualquer arma, unem-nas depois frente aos peito, desenhando assim um círculo de energia que protege o coração.
Mostram pois deferência perante o outro e, como nós, que vêm de boa vontade, mas não invadem o espaço do outro nem permitem que o outro lhes invada o seu.
Protegem o coração, o seu eu interior, mas fazem-no graciosamente.
Diz-se, contudo, e parece credível, que um abraço une corações e é das poucas atitudes da vida em que quando se oferece, de imediato se recebe em troca.
A saudação oriental, tão diferente da nossa, fala-nos também, embora de uma forma mais espiritual, desta união de corações: o deus que há em mim, cumprimenta o deus que há em ti!
Namasté
Namaskara
Vidya
Olá
Viva
Bem-vindo
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