Neste ano que passou, aprofundei resoluções de vida muito importantes, a principal das quais foi apostar na minha especialização profissional. Neste processo percebi contudo que agora tenho de o fazer como parte integrante de uma vida boa, no sentido ético do termo, que quero viver todos os dias, e da qual este blogue constitui, simultaneamente, um compromisso, uma busca de sentido e um registo.
Percebi pois que posso e devo unir os princípios por que procuro orientar a minha vida pessoal às questões profissionais que defendo, e se prendem com a promoção da cidadania, da sustentabilidade e da luta por uma vida melhor. Na realidade, posso fazer profissionalmente aquilo de que gosto mesmo e que também é o que faço melhor. O que não quer dizer que tal seja fácil.
Em relação ao ano sem compras, foi-me tão aliciante quanto fácil vivê-lo e, por agora, ficou para sempre 💚 !
Ou seja, nada tenho a alterar em relação ao que necessito e tenho sido exigente no que respeita a alimentação, saúde e higiene física e espiritual. Procuro cozinhar uma comida cada vez mais biológica, equilibrada e saborosa, e levo sempre almoço e lanche para o trabalho. Tenho apenas de ter em atenção os meus exames médicos de rotina, e de encontrar um lugar para voltar a fazer yoga, porque o meu professor deixou de dar aulas e eu acabei por ficar um pouco perdida...
No que respeita ao consumo pessoal, do que eventualmente precisar vou guiar-me como em tudo o mais pela relação qualidade preço. Seja como for, não preciso de grande coisa este ano, para além de me ser cada vez mais difícil suportar idas às compras. Para a casa, como tenho praticamente tudo organizado, segue-se apenas a manutenção da reorganização da casa que terá de incluir um terceiro grande processo de destralhamento, agora mais radical ainda, nomeadamente no que respeita aos livros que são ainda demasiados.
O que me parece presentemente fundamental é o afinamento e a consolidação de rotinas quotidianas e regulares: das que me fazem bem, e das que me libertem e simplifiquem cada vez mais o que tem de ser feito. Gostaria de dizer que estou confiante e que tudo irá correr bem, mas como a vida me tem ensinado que há situações difíceis que se nos impõem sem qualquer tipo de transigência, fico-me pela fé. E acho que fico bem.
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